Daquela tarde plácida
Ficaria sobretudo a memória
de uma longa espera naquela
tarde plácida
de neblinas e silêncio
a selar as nossas bocas
ao longe a silhueta do destino
que não seguimos
a desaparecer entre ruas
ficaria sobretudo a memória
do peso das pálpebras depois
das chuvas
do teu amor sobre o meu peito
descompassado
nas janelas as primeiras luzes
que não contámos
a acender-se entre estrelas
ficaria sobretudo a memória
da sombra dos meus gestos no
teu rosto
a cor do anoitecer a embalar
o canto dos gatos vadios e
os sussurros dos fantasmas
que arrastávamos na voz
de uma longa espera naquela
tarde plácida
de neblinas e silêncio
a selar as nossas bocas
ao longe a silhueta do destino
que não seguimos
a desaparecer entre ruas
ficaria sobretudo a memória
do peso das pálpebras depois
das chuvas
do teu amor sobre o meu peito
descompassado
nas janelas as primeiras luzes
que não contámos
a acender-se entre estrelas
ficaria sobretudo a memória
da sombra dos meus gestos no
teu rosto
a cor do anoitecer a embalar
o canto dos gatos vadios e
os sussurros dos fantasmas
que arrastávamos na voz
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