Sem título
Bem sei que a vida é uma cidade
constantemente bombardeada,
que os pulmões das palavras antes
puras, estão doentes
mas eu ainda respiro
deixa-me sonhar, deixa-me escolher
o azul límpido e súbito do amor
deixa-me, ao menos, acreditar
na insignificância do poema a
triunfar sobre o mundo,
na certeza dos teus braços a
salvar-me de tudo o que dói
que eu ainda respiro
deixa-me crer
no riso, na ternura, na flor deste
momento
na vontade de fechar os olhos e
ver o teu rosto, sempre,
na manhã luz inteira, frescura de
bosque, canto de água,
na árvore que dá fruto,
que continua
que respira
que, mesmo depois de nós, seremos
constantemente bombardeada,
que os pulmões das palavras antes
puras, estão doentes
mas eu ainda respiro
deixa-me sonhar, deixa-me escolher
o azul límpido e súbito do amor
deixa-me, ao menos, acreditar
na insignificância do poema a
triunfar sobre o mundo,
na certeza dos teus braços a
salvar-me de tudo o que dói
que eu ainda respiro
deixa-me crer
no riso, na ternura, na flor deste
momento
na vontade de fechar os olhos e
ver o teu rosto, sempre,
na manhã luz inteira, frescura de
bosque, canto de água,
na árvore que dá fruto,
que continua
que respira
que, mesmo depois de nós, seremos
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